segunda-feira, julho 18

Saindo do mundo mágico,

Olhei uma última vez. Talvez aquela fosse a última. E eu queria um último momento registrado na minha cabeça. Já era dia e ele não olhou para trás. O que ele poderia estar pensando?
Abri o portão, atravessei o jardim. Subi, entrei.
Deitei-me no sofá. Fechei os olhos e revivi toda aquela noite em cinco minutos. Não podia ficar parada, eu tinha que seguir. Deixei a minha mente fresca, sem pretenção.
Não esperava tornar aquele recém conhecido o amor da minha vida, ou coisa do tipo. Ele sabia perceber a vida. Ele me excitava. E eu queria estar com ele novamente.
Tomei um banho e em seguida um quente café amargo. Eu tinha que seguir viagem.

O que será que rege todos os acontecimentos da nossa vida? Se já há um caminho traçado para nós, nos resta sentar e deixar a vida fluir? Que bobeira.
Penso que há caminhos predestinados, mas nossa escolha é o que decide o rumo que as coisas vão tomar.
Dizem que se olharmos para baixo, nós não pulamos. Eu sempre fui de dar a minha cara a tapa. Ora carinho, ora porrada. Mas o gosto que fica na boca é de ter experimentado. E isso vale a pena. Eu poderia morrer pela dúvida de hesitar. A palavra não dita pesa mais do que qualquer outra coisa.

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