A menina carrega consigo um jeito, uma ginga.
Voz meia menina, se mostra curiosa na escola da vida.
Um sorriso no rosto, uma trilha sonora e brilho no olhar.
Ela dança, vacila e brinca, nos seus passos meio tortos e punhos firmes.
quinta-feira, abril 26
A menina dança
quarta-feira, abril 25
Passos pela rua
"Enfeitou a casa, mas não acreditava, que o amor ainda pudesse chegar. Pela madrugada, linda ao pé da escada esperou sentada pra não se cansar. Passos pela rua, lá vem o amor. Vem cambaleando entra pra um café, sem carro do ano, sem anel dourado. Na mão uma rosa, sapato furado. Passos pela rua, lá vem o amor. Vem sorrindo alto, lá vem o amor. Hoje ela já sabe que o amor é raro, hoje ela passeia com o amor ao lado."
terça-feira, abril 24
Cabides e sorrisos matinais
Com gestos automáticos, ela se levantou da cama e dirigiu-se até a
escrivaninha para desligar o aparelho celular que tocava pragmaticamente. Um alarme pouco convidativo tocou exatamente às cinco horas e dois minutos. Olhou
para aquele rosto sereno enrolado no grande cobertor claro e dando-lhe um beijo
na testa, o cobriu até os ombros.
O carpete estava frio, calçou os chinelos e foi para o banheiro. Ao
urinar, notou que o papel havia acabado. Adiantou um banho rápido e quente,
imaginando o algodão úmido que faria no céu naquela manhã de terça feira.
Um alarme indie começou a tocar quando acaba de se enrolar na toalha.
Caçou o celular que estava debaixo de seu travesseiro marcando cinco e
dezesseis. Ativar o modo soneca. Em oito minutos haveria mais música. Havia uma
certa obscenidade com os horários quebrados, que de certa forma eram muito
divertidos.
Vestindo uma camiseta cinza e uma calcinha, aconchegou-se sob o cobertor
na cama quente. Sentiu um estremecimento ao beijar aqueles brancos ombros que
responderam com um abraço adormecido.
Ainda debaixo do cobertor, desligou o celular por três vezes, que eram
respondidos com só mais dez minutos do lado masculino. Levantou-se e vestiu uma
roupa. Suas coisas estavam organizadas, faltavam poucos detalhes. A calça de
malha cinza era confortavel e prática. Olhou pela janela do banheiro, o céu
estava coberto pelo tal algodão e um ar frio invadia o cômodo.
Voltando ao quarto, acordou quem já deveria estar de pé. Enquanto ela
organizava as coisas, ele se arrumava. No vai-e-vem entre
closet-banheiro-quarto se abraçavam e riam de algumas brincadeiras matinais.
O final de semana havia acabado e ainda estavam em festa. Humor e sono
se misturavam em uma tentativa de se organizar para pegarem a estrada.
Um último panorama pelo quarto. Bolsa, pasta e sacola. Cabide, sorriso e
chave. Mochila, carinho e celulares.
Tudo estava nos conformes. Foram para o carro sabendo que pegariam trânsito.
Não importavam, tinham sede da vida e não tinham pressa para vivê-la.
quinta-feira, abril 19
Assopra e faz um pedido
Há quem só ocupe lugar no espaço
Outros se fazem de corpo e almas vivas
Celebrar a vida é especial
Com gosto, lembranças e uma bagagem de estrada percorrida
Memórias de uma vida, revividas em uma data a comemorar
Planos esperançosos para um mundo real
As luzes são apagadas
O coração bate um pouco mais forte
Em cada corpo uma vibração sintonizada
As velas são acesas
Todos já sabem o que irão fazer nos próximos dois minutos
A música é conhecida
Nada mais importa, é hora de cantar e bater palmas
Se fosse possível viver em câmera lenta, observar a cena com profundidade geraria nostalgia
Sorrisos e sonoros alegres
Vibração e alegria
Nesta data querida são feitos votos de felicidade
Os segundos finais direcionam toda a vibração do ambiente
Um único e simples gesto
O apagar das velas e o fervor
O pulmão é invadido pela inspiração do ar
Assopra e faz um pedido, feliz aniversário.
quarta-feira, abril 18
Vai saber
Dois corações que residem hemisférios diferentes
Quatro mãos inquietas com conversas cibernéticas
Vinte unhas roídas com a ansiedade da espera pela resposta
Um sentimento próspero que tenta suportar a distância
A vida cheia de escolhas nos dá liberdade
Não se sabe o que está por vir
E os planejamentos não podem ser seguidos a risca
O inesperado sempre acontece
Vai saber
Poucas palavras são capazes de despedaçar um coração
Um instante muda uma vida
Uma escolha muda o fluxo do rio, muda uma vida
Um novo sentimento surge
Outro cenário é desenhado
Outra história começa a ser escrita
Dizem que existe um momento em que nossas escolhas se tornam irreversíveis
Dizem também que precisamos deixar acontecer
Somos eternamente responsáveis pelo sentimento que cativamos
E ainda assim, não podemos conter a ironia do destino
Vai saber
Vá viver
Existem respostas que só o tempo trás
Um passo de cada vez
Um horizonte a se admirar
Um por-do-sol a contemplar
E uma vida para viver
quinta-feira, abril 12
Eu rego seu jardim, você já vai voltar
Quando o sol de cada dia entrar
Chamando por você
Querendo te acordar
Vai ter sempre alguém pra receber
Dizer pra esperar
Você já vai chegar
terça-feira, abril 10
A felicidade é uma opção (:
O alvorecer transmite a essência da manhã, ar calmo e fresco. Iniciar o dia com uma saudação ao Sol é uma opção. A Felicidade, um estado de espírito ao qual optamos quando nos levantamos da cama.
Nossa resposta aos primeiros raios solares ao irmos até a varanda. O céu nos contempla com a beleza, respondemos com um belo e sincero sorriso. Semeando o bem nas primeiras horas do dia.
A partir daí, as coisas tendem a fluir com mais leveza. O sabor do lanche matinal fica mais apurado, nos sentimos inteiramente no ato de nos sentarmos a mesa e degustar o mais simples pão de milho. Os primeiros goles de suco são como um banho revigorante no corpo e na alma. Logo, o dia todo fica bem!
Não existe fórmula ou bula para ser feliz ou então estar feliz. A felicidade é opcional, é só querer.
segunda-feira, abril 9
Por Rubens Alves
Eu quero desaprender para aprender de novo.
Raspar as tintas com que me pintaram.
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.
(Rubem Alves)
domingo, abril 8
sábado, abril 7
follow the flow
Uma ideia cinza nasce ao pensar na recepção. O coração não deveria estar calmo pela coragem?
Numa situação assim, a opinião importa. Mais ainda a intenção, que é boa. Uma nuvem carregada sobrepõe os olhos ao pensar no tempo perdido, a sucessão dos fatos, os sonhos e o presente. Repetir a frase "O tempo passa e perdemos a noção do tempo" não me soa irônico ou obsoleto.
sexta-feira, abril 6
You learn to live again
I, I'm a one way motorway.
I'm a road that drives away
Then follows you back home
terça-feira, abril 3
Em que mundo vivemos?
Queria poder entender o motivo de tanta miséria e egoísmo. Queria conseguir entender o motivo de tanto desvio de conduta e verba. Gostaria muito de enxergar esse tal crescimento econômico que dá mais para os que tanto tem e deixa com tão pouco os que já não tem nada.
O ser humano, máquina perfeita, criado por um deus que arquitetou uma maravilha biologicamente. Um ser com empatia, ora pois, que empatia é essa? Fico pensando que estuprador se coloca no lugar de uma criança...
É um ciclo vicioso. O nosso presente é resultado de ações de uma humanidade cruel que não soube dividir e ter compaixão. É resultado de um egoísmo desmedido, que vê coisas bonitas, que prega coisas maravilhosas, mas não coloca em prática por preguiça, ou será avareza?
Queria conseguir enxergar onde isso irá levar, pois a medida que se encontra é difícil vislumbrar um futuro.
Me conforta saber que existem pessoas plantando o bem. Pessoas que doam sem escolher a quem. Seres capazes de compartilhar e conscientizar. Isso me alegra.
Pois apesar de todo o meu desconforto com a humanidade atual, não é possível generalizar um adjetivo para a raça humana.
segunda-feira, abril 2
As vezes faltam palavras e a gente perde a noção do tempo
No quintal a correria e uma brincadeira arquitetada. Pelo quarto vestígios de artes e ideias mirabolantes. Às vesperas de datas comemorativas, ensaiava-se coreto, pintavam-se cartões.
Os finais de semana eram infinitos enquanto duravam. A tarefa escolar muitas vezes ficava por último e restros de alegria por toda casa. Laços que a distância não podia separar, que as diferenças não podiam intervir. Em um tempo em que tudo era sorvete com confete, quando todos os problemas eram driblados com uma ideia genial, quando o plural era singular.
"Já faz tanto tempo, mas mesmo assim eu te reconheceria em qualquer lugar do planeta. Com uma roupa diferente, maquiagem, máscara e até careta. Faz tanto tempo que não sabemos mais como está a vida da outra, tanto tempo que superficialmente nos sentiríamos estranhas.
Eu me lembro de uma infância perfeita do seu lado, quando todos os impedimentos familiares não soavam mais alto que uma gargalhada e os mesmos não eram capaz de nos separar. As imitações na frente do espelho, as artimanhas das brincadeiras. Os abraços, os sorrisos, as lágrimas.domingo, abril 1
O tempo passa, tudo passa.
Na cama o edredom sobrepõe o corpo e o colchão. Os cabelos confundem o travesseiro com a cara. Um despertar, é domingo.
Do lado de fora da janela folhas secas e molhadas enfeitam o chão timidamente, acompanhadas de um ar úmido e fresco, é outono.
Vontade de ficar na cama e dormir pela eternidade. Preguiça boa que apaixona um laço de corpo, cama e edredom.
Há quarenta quilômetros dali, possivelmente um urso hiberna em um plano de sonhos impenetráveis. Um dia há de acordar, um dia haverá um despertar.
Talvez seja a mesma luz que ilumine as distintas janelas. Talvez caminhem em um mesmo caminho novamente, se é que um dia caminharam juntos. Linhas paralelas não possuem ponto em comum. Entretanto, os sorrisos um dia se espelharam.
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