quinta-feira, setembro 15

Por Gabriel Careli,

Venho de longe

Mesmo ao longe, vejo teu desenho no sol a se por
Mesmo distante, sinto a proximidade do teu toque
Mesmo ausente, percebo a presença, o calor
Como se para mim sussurrassem versos e estrofes

Não te aflijas, a longa espera
Não te aflijas, pois eu aguardo
Saibas, tu, que seja ano, dia, mês, era
Saibas, tu, que por mais pesado que pareça o fardo

Sou o vento que lhe acaricia a face
Sou o calor que lhe aquece o corpo
Sou a chuva que molha teu rosto

Espero, pois sei que vai chegar
Espero, mesmo que o tempo decida dificultar
Espere, pois ainda vou ai, só para poder te encontrar

Um parágrafo in-ventado,

O vento ventou e levou com ele a minha tristeza. Ventou e secou as minhas lágrimas. Levou as nuvens e deixou o sol. Esquentou meu corpo. Sacudiu minha alma e acalentou meu coração. Retornou em brisa e me apaixonou. E com ele, a primavera estonteou meu sentimento. Me trouxe a cor, me deu mais vida. Me abriu em flor. O vento ventou em forma de tempestade, mas, eu persisti e de pé fiquei. A tempestade passou e mais uma vez retornou em brisa. Trazendo o meu sorriso. Trazendo-me a paz. O vento ventou, me envolveu. Acalentou.
Karen Garcia