A cada geração, observamos um número maior de crianças precoces.
Dentre os fatores principais desse crescimento está o molde de marketing
direcionado a este público e sua assimilação e também, o tipo de relacionamento
entre os de mesma faixa etária. Os intervalos comerciais entre os desenhos
animados propagam que é preciso ter para ser. Todo o glamour das propagandas
direcionadas à crianças, sejam de roupas, brinquedos ou acessórios, aludem o
mundo adulto, fazendo com que as crianças de hoje sejam cada vez mais vaidosas
e permissíveis a questões de relacionamentos. Atualmente, beijar na boca cedo
não dá mais sapinho e ainda tem total apoio dos pais.No mundo virtual, ao se
relacionarem, o libido cresce devido a permissividade das palavras que não são
ditas pessoalmente. Tendo noção ou não, trocam-se votos sentimentais, fazem
promessas, marcam encontros e depois, de uma forma ou de outra, arcam com as
consequências, seja em um cinema, beijando a colega por pressão da “turma” ou
tendo atitudes adúlteras na hora da paquera.Em meio a este cenário, os pais não
se dão conta que seus filhos, de oito à treze anos, estão ultrapassando fases e
os incentivam atendendo as suas solicitações e achando graça das atitudes e
postura tomada pelos pequenos. Talvez eles ainda não se deram conta de que em
pouco tempo podem não ter mais o controle sobre esses filhos e que os mesmos
serão os adultos de amanhã.