domingo, abril 1

O tempo passa, tudo passa.

Na cama o edredom  sobrepõe o corpo e o colchão. Os cabelos confundem o travesseiro com a cara. Um despertar, é domingo. 
Do lado de fora da janela folhas secas e molhadas enfeitam o chão timidamente, acompanhadas de um ar úmido e fresco, é outono. 
Vontade de ficar na cama e dormir pela eternidade. Preguiça boa que apaixona um laço de corpo, cama e edredom. 
Há quarenta quilômetros dali, possivelmente um urso hiberna em um plano de sonhos impenetráveis. Um dia há de acordar, um dia haverá um despertar.
Talvez seja a mesma luz que ilumine as distintas janelas. Talvez caminhem em um mesmo caminho novamente, se é que um dia caminharam juntos. Linhas paralelas não possuem ponto em comum. Entretanto, os sorrisos um dia se espelharam.