terça-feira, março 27

Por Charles Bukowski


“Se você for tentar, tente de verdade. Caso contrário nem comece. Isso pode significar perder namoradas, esposas, parentes e empregos. E talvez a sua cabeça. Isso pode significar não comer por três ou quatro dias. Isso pode significar congelar num banco de praça. Pode significar gozação. Pode significar escárnio, isolamento. Isolamento é uma dádiva. Todo o resto é teste para a sua resistência. De quanto você realmente quer fazer isso. E você vai fazer isso, enfrentando rejeição de piores espécies. E isso será melhor do que qualquer coisa que você já imaginou. Se você for tentar, tente de verdade. Não há outro sentimento melhor que isso. Você estará sozinho com os Deuses. E as noites vão arder em chamas. Você levará sua vida direto para a risada perfeita. Isso é a única boa briga que existe.”

Charles Bukowski 

domingo, março 25

Vamos viver tudo o que há pra viver.

Nós procuramos o amor em um lugar sem saída. 

Os fins de semana passam, as pessoas passam e os momentos passam também. Lembranças e sentimentos ficam. As consequências vem e o tempo, ele não pára. 
Existem momentos ao qual nos deparamos com obstáculos. Momentaneamente eles parecem enorme, após conquistá-los, não vemos apenas seu real tamanho e sim o como estamos ficando fortes. 

O foco é muito importante uma vez que é conciliado com o melhor da vida. Vamos viver tudo o que há pra viver. 

Oi, mãe.

Oi, mãe.

Essa semana foi bem corrida. Estudei um pouco, dormi demais. Saí, dancei e trabalhei um pouco.
Você sabe como é, o tempo tem voado mais depressa que as gaivotas. Mas, um curso esplêndido.
A vida está boa e o coração vai bem. Tenho vivido experiências sensacionais e conhecido pessoas incríveis. Confesso que não sei se o percurso será o planejado. Eu tenho sede de viver e há coisas que não são compatíveis com minhas necessidades. Eu quero mais.
Ontem choveu uma chuva linda, daquelas que lava até a alma. Pena que eu não me aventurei em um banho. Mas, observá-la revigorou meu corpo e meus pensamentos.

Espero que tudo esteja bem. Sinto saudades.
        Sua filha <3

sábado, março 24


Brindemos mais uma vez, pois a vida está aí para ser vivida. Com muito risadas, glamour e noites estreladas! 

sexta-feira, março 23

There was nothing left in which to believe



Silver And Gold - City and Colour

Last night I dreamt that they dropped a bomb
Oh the sea ran dry and the winds had calmed
Skyscrapers fell, they all turned to dust,
Their skeletons of steel were covered in rust

And everything I loved and feared had all at once disappeared
Oh everything I loved and feared had all at once disappeared

Colours were drained straight from the sky
And nothing living had survived
The mountains were merely removed from the earth
Silver and gold had lost all its worth

And everything I loved and feared had all at once disappeared
Oh everything I loved and feared had all at once disappeared

I woke from the dream in a cold, cold sweat
I was full of doubt and deep regret,
Suddenly it was so clear to me;
There was nothing left in which to believe

And everything I loved and feared had all at once disappeared
Oh everything I loved and feared had all at once disappeared

quarta-feira, março 21

I'm afraid...


Não somos mais que uma gota de luz;


A idade do céu - Paulinho Moska

Não somos mais que uma gota de luz. Uma estrela que cai, uma fagulha tão só na idade do céu... 

Não somos o que queríamos ser, somos um breve pulsar em um silêncio antigo, com a idade do céu...Calma! Tudo está em calma! Deixe que o beijo dure, deixe que o tempo cure... Deixe que a alma tenha a mesma idade, que a idade do céu... 

Não somos mais que um punhado de mar. Uma piada de Deus, um capricho do sol no jardim do céu... Não damos pé, entre tanto tic tac, entre tanto Big Bang somos um grão de sal no mar do céu... Calma! Tudo está em calma. Deixe que o beijo dure, deixe que o tempo cure. Deixe que a alma tenha a mesma idade que a idade do céu!

terça-feira, março 20

A tal da adaptação


Acordo, lavo o rosto e escovo os dentes. Após uma preguiçosa espreguiçada, um copo d'água e bom dia para a nova família. Normalmente os dias são claros e frescos. Pássaros, pombos e borboletas pelo quintal. A luz do sol refletida na piscina gera um sentimento de familiaridade. 
O período da manhã se resume em organizações, leituras e conversa. Muito riso e pensamento. Quando o compromisso se aproxima, é hora de se aprontar, comer e partir. 
Ao fechar o portão e colocar o pé na rua, passa-me pela cabeça a busca pelo ideal. Um passo na frente do outro, em pouco tempo chego no local das ações. Procuro uma cadeira, abro o caderno e o pensamento. É hora do encontro com o conhecimento. 
Intervenções são feitas por curiosidade e sede de saber. As horas passam rápidas e amenas. Por vezes perde-se o foco do grupo, entretanto, o fluxo segue. 
Quando o sol abaixa é hora de guardar as coisas e regressar. Entretanto, por vezes estende-se até o alto da noite. O dobro. Sai-se com gosto de quero mais. 
Chegar em casa é acolhedor. Um banho, um lanche, um livro, o computador. Pessoas, histórias e dúvidas.  A espera pelo dia seguinte. Uma cama, um beijo, um sono. A noite a dentro. 
Uma convivência construtiva. A sensação de bem-querer e apoio. A sensação de paz e de estar no caminho certo. 

Somos um breve pulsar

O que é para ser, vigora e frutifica. As estações precisam ser respeitadas.  
O ponteiro do relógio, a batida do coração e o toque do telefone. 
A paciência, espera e tranquilidade. 
A vida tem me mostrado o inverso da ansiedade. 


[      Deixe que o beijo dure, 
    Deixe que o tempo cure    ]

sábado, março 17

Um horizonte diagonal e uma sede insaciável

Bebeu mais um gole d'água e de súbito levantou-se da cama. Trocou-se rapidamente e, transformando-se em vinho pegou a chave do carro e saiu.
Tinha sede de pessoas. Alguns goles de água fresca não podiam saciá-la. Queria observar, mexer. Queria jogar.
Mais uma noite.Vidro semi-aberto, vento agitando um pouco os cabelos. Uma música qualquer tocava, mas seu pensamento estava em outra dimensão.
Olhou pelo retrovisor, o batom que lhe cobria a boca era da cor do sangue que circulava em suas veias, olhos delineados, nada muito extravagante. Brilhava por si só. O bom e velho companheiro preto-básico, tomava as curvas de seu corpo.
Observou uma movimentação a frente. Estacionou o carro com firmeza. Nada e ninguém importava. Era hora de jogar. 

quinta-feira, março 15

O Grande Ditador





"Desculpem, mas eu não quero ser um imperador, esse não é o meu ofício. Eu não quero conquistar nem governar ninguém. Eu gostaria de ajudar todos sempre que possível. Judeus, não-judeus, negros e brancos. Todos nós queremos ajudar uns aos outros. O ser humano é assim. Nós queremos viver da felicidade dos outros, não do sofrimento. Não queremos odiar e desprezar uns aos outros. Nesse mundo tem lugar para todos, a terra é boa e rica, pode alimentar a todos. O estilo de vida pode ser livre e lindo, mas nós nos perdemos no caminho. A ganância envevenou a alma do homem, criou uma barreira de ódio, nos guiou no caminho de assassinato e sofrimento. Nós desenvolvemos a velocidade, mas nos fechamos em nós mesmos. Máquinas que nos dão em abundância, nos deixou em necessidade. Nosso conhecimento nos fez cínicos, nossa inteligência nos fez cruéis e severos. Nós pensamos muito e sentimos pouco. Mais do que máquinas, nós precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, nós precisamos de carinho e bondade. Sem essas qualidades a vida será violenta, e tudo será perdido. O avião e o rádio nos aproximou, a natureza dessas invenções grita em desespero pela bondade do homem. Grita pela irmandade universal e a unidade de todos nós. Mesmo agora que minha voz está alcançando milhões pelo mundo, milhões de homens, mulheres e crianças desesperadas, vítimas de um sistema que faz o homem torturar e prender pessoas inocentes.

terça-feira, março 13

Neuseli Cardoso: Questão de Justiça


TEDxBaiaDaIlhaGrande - Neuseli Cardoso - Questão de Justiça 

Neuseli Cardoso, fala emocionada sobre a história de seu povo, uma comunidade caiçara que está a mais de cento e sessenta anos na Vila do Aventureiro, Ilha Grande - Rio de Janeiro. 

sábado, março 10

quinta-feira, março 8

Das dificuldades da vida.

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião. Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá. Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz. Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação. Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado. Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar. Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar. Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai?" Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados. Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa. Fácil é querer ser amado. Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca. Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas. Fácil é ditar regras. Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber. Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta. Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo. Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro. Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida. Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro. Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica. Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.  Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

Carlos Drummond de Andrade

Quando eu chorei na Segunda Grande Guerra


Não há muito o que se esperar de uma quinta-feira de comum. A princípio um onibus tranquilo, depois um metrô lotado. Vagão feminino, dia internacional da mulher. Uma cidade efervecendo em mais um dia da rotina corrida. As pessoas não olham para o lado e raros são o que cumprimentam com "bom dia". 
Alguns minutos de espera, uma saudasa e produtiva reunião. Mais coletivo. O vagão do trem não estava tão sujo, entretanto não tinha lugar folgado para sentar. A tentativa poderia ser pior do que ficar em pé durante quarenta minutos de viagem. 
Pensei na profisão de fotógrafo, me imaginei um dia fazendo um booking do rio de janeiro, caso isso acontecesse, começaria a registrar a vida no trem. Uma representação muito justa ao meu ver. Eu começaria dos pés. Seria daquela fotógrafa que me deitaria e viraria do avesso para pegar um bom ângulo e focar uma boa imagem. 
"Próxima estação..." a minha. Do último vagão até a escadaria era um certo chão, tempo para arrumar o cabelo, ajeitar a blusa, pensar no calor e sentir fome. Em alguns poucos minutos estaria no ar condicionado do curso e os pensamentos iriam se esvair. 
Primeiro tempo, Geografia. 
Logo após a Alemanha ter sido considerada a malvada na Primeira Guerra Mundial, chega um cara que a abraça e reestrutura o país com poucos anos no poder. Isso depois de um bom tempo no fundo do poço, é uma oferta mais do que aceitável pelo povo alemão. 
As palavras do professor, toda sua gesticulação e enfase nas frases, fazem com que em pouco mais de meia hora de aula, comece a sair lágrimas dos meus olhos. Um choro segurado, pois chorar na sala de aula é coisa singular. 
Na verdade, aquela história que muitas vezes se le a respeito e que tanto se fala, tinha acontecido há pouco mais de setenta anos. Quase ontem na história da humanidade, matou-se desmedidamente em prol do dinheiro e principios egocentricos. Nesse pequeno espaço de tempo, milhões de pessoas deram a vida por causas que nem sabiam ao certo do que se tratavam. Tantas vidas fora dolorosamente roubadas. Anos de terror desde o ano de 1939 a 1941 na Europa. A palavra de poucas pessoas simplesmente mudava  o mundo. E mudou. 
No meu rosto as lágrimas rolavam sem soluço por timidez, mas a vontade era de gritar, mesmo sem entender a fundo o assunto. Tanta perversidade e crueldade em um cenário que podemos denominar "a pouco tempo atrás" quissá "ontem". 
Agosto de 1945, o apertar de um botão muda a história de um país, muda a vida de centenas de pessoas. Hiroshima é arrasada pelos Estados Unidos. Uma atitude marca dolorosamente a vida de muitas pessoas. Arrasa com a perspectiva de mundo de muitas crianças. 
Lágrimas mais densas começam a descer ao me dar conta de que esse genocídio cometido há alguns anos, é o que se faz atualmente de uma maneira menos trabalhosa e alardante: não dando as mínimas condições de vida para grande parte da população. Estamos vivendo um Holocausto.