quarta-feira, junho 27

Lanterna dos Afogados



Quando tá escuro e ninguém te ouve. Quando chega a noite e você pode chorar, há uma luz no túnel dos desesperados. Há um cais do porto pra quem precisa chegar. Eu tô na lanterna dos afogado,  eu tô te esperando, vê se não vai demorar. 
Uma noite longa por uma vida curta, mas já não me importa basta poder te ajudar. E são tantas marcas que já fazem parte do que sou agora, mas ainda sei me virar. Eu tô na lanterna dos afogados, eu tô te esperando vê se não vai demorar. 
http://www.vagalume.com.br/cassia-eller/lanterna-dos-afogados.html#ixzz1z2MSgZE5

Entre o real e o imaginário nosso pensamento se encontra

Eu jurei para mim que nunca mais ligaria. Jurei que não procuraria mais e tentaria esquecer. Apaguei vestígios, excluí fotos e joguei fora aquela correntinha prateada. Só de pensar que já se passaram mais de quatro anos. E que antes desses quatro, éramos crianças que não sabiam o que seria da vida.
E fazíamos planos e juras, sem poder cumprir nada daquilo. Pelo irônico destino ou a confiança devotada. Palavras a mais, atitudes inusitadas. Coisas que não voltam mais. Só de pensar essas poucas palavras vem uma vontade enorme de pegar o telefone e ligar, vontade de resgatar os vestígios. Mas se for parar pra pensar.. Quanto tempo passou? Não tem como, a estrada dá um jeito de se esbarrar. Uma ligação, uma recaída, um amor da vida que não existe mais. Ou ao menos não poderia deixar entrar e arrebatar tudo.