Eu vou para Goiânia Resende;
E depois de um ano e quatro meses, eu me vejo pensando em voltar para minha cidade natal. Eu não vejo problema em mudanças e para ser sincera, eu até gosto. Poderia dizer que gosto de sofrer, mas, na verdade.. Eu acho que enjoo um pouco das coisas - ou talvez pense assim só para conseguir superar o sofrimento - e enjoe um pouco de mim.Um ano e quatro meses, são dezesseis meses. Minha mudança será, provavelmente no começo de fevereiro do ano que vem. O que totalizam dezenove meses. O que completa um ano de Ilha Grande. É muita informação.Se levarmos em conta que: nasci em Resende (1994), me mudei para Garatucaia (Angra dos Reis/RJ) e lá vivi até 4 anos (1998). Voltei para Resende, morei até os 12 anos (2006). Me mudei para o centro de Angra dos Reis, fiquei 7 meses. Fui morar em Garatucaia com meu pai (dez/2006). Fiquei com ele até 14 anos (fevereiro/2008) e voltei para Resende. E finalmente, me mudei novamente para Garatucaia (julho/2010). Depois disso, fui morar em um lugar chamado Ilha Grande (Angra dos Reis/RJ) com completos 16 anos (fevereiro/2011) e é nesse lugar que eu vivo até hoje. (novembro/2011) [ufaaaa]Pois bem. Já estou pensando em mudar (novamente).Há uma semana, eu estava com uns amigos e mencionei a possibilidade de sair do lugar que eu estava. Comentei sobre a necessidade de mais qualidade de ensino. Um deles soltou "Karen é nômade". Eu simplesmente fiquei pasma, pois nunca tinha visto por este ponto de vista. Não deixei transparecer meu espanto, mas, fiquei pensando comigo."Nômade, eu?" - parei para analisar e não poderia ter apelido mais carinhoso e sincero.Eu não quero pensar em detalhes de mudanças, em rotina ou em como eu vou sentir saudades da Ilha Grande, das pessoas e da minha pacata vida agitada insular.Voltar para um município, onde vivi grande parte da minha vida. Onde se encontram grande parte das pessoas que eu conheço, chega a ser um tanto assustador. Encarar tudo o que eu já tive. Reviver os errôneos fatos cômicos, entre outras coisas. Nem imagino como poderá ser.Dentro de mim, neste momento, existe um pouco de ansiedade, alegria e uma pontinha de medo. O que será um retorno depois de tanta coisa vivida fora dali. Por que a questão não é quanto tempo fiquei fora, mas, o que vivi fora e que não será compatível com meu meio de vida naquele lugar. Vamos vivendo para ver, se der mesmo certo, as coisas irão se encaixar no seu devido tempo.
( Karen Garcia )