terça-feira, março 20

A tal da adaptação


Acordo, lavo o rosto e escovo os dentes. Após uma preguiçosa espreguiçada, um copo d'água e bom dia para a nova família. Normalmente os dias são claros e frescos. Pássaros, pombos e borboletas pelo quintal. A luz do sol refletida na piscina gera um sentimento de familiaridade. 
O período da manhã se resume em organizações, leituras e conversa. Muito riso e pensamento. Quando o compromisso se aproxima, é hora de se aprontar, comer e partir. 
Ao fechar o portão e colocar o pé na rua, passa-me pela cabeça a busca pelo ideal. Um passo na frente do outro, em pouco tempo chego no local das ações. Procuro uma cadeira, abro o caderno e o pensamento. É hora do encontro com o conhecimento. 
Intervenções são feitas por curiosidade e sede de saber. As horas passam rápidas e amenas. Por vezes perde-se o foco do grupo, entretanto, o fluxo segue. 
Quando o sol abaixa é hora de guardar as coisas e regressar. Entretanto, por vezes estende-se até o alto da noite. O dobro. Sai-se com gosto de quero mais. 
Chegar em casa é acolhedor. Um banho, um lanche, um livro, o computador. Pessoas, histórias e dúvidas.  A espera pelo dia seguinte. Uma cama, um beijo, um sono. A noite a dentro. 
Uma convivência construtiva. A sensação de bem-querer e apoio. A sensação de paz e de estar no caminho certo. 

Somos um breve pulsar

O que é para ser, vigora e frutifica. As estações precisam ser respeitadas.  
O ponteiro do relógio, a batida do coração e o toque do telefone. 
A paciência, espera e tranquilidade. 
A vida tem me mostrado o inverso da ansiedade. 


[      Deixe que o beijo dure, 
    Deixe que o tempo cure    ]